A anemia é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como a condição na qual a quantidade de hemácias ou glóbulos vermelhos estão abaixo do normal, levando à diminuição do fluxo de oxigênio para os órgãos. Esta alteração pode ter diversas causas desde uma parasitose, déficit de alimentação ou até mesmo uma desregulação na produção das hemácias pela medula óssea.
Um dos pontos essenciais para se entender sobre anemia é saber que ela é o resultado de alguma condição ou doença subjacente. Essa condição pode ser relativamente inofensiva ou muito grave. Podemos classificar os tipos de anemias pelas suas causas, sendo basicamente dois tipos:
Anemias Hereditárias: Geralmente se relacionam às alterações genéticas na produção do glóbulo vermelho – seja da membrana que dá forma ao glóbulo vermelho, seja das substâncias que estão em seu interior – hemoglobina e proteínas (enzimas). Neste grupo, temos algumas causas comuns em nossa população, como as talassemias (ou anemias do Mediterrâneo), comuns em indivíduos com ascendência italiana, portuguesa e libanesa; ou ainda a anemia falciforme.
Anemias adquiridas: Podem ocorrer por carência de nutrientes, por alterações na medula óssea ou ainda por outras doenças que causa anemia por outros mecanismos. Assim, nos quadros de carência de vitaminas, podemos citar a falta de ferro ou de vitamina B12.
Sabe-se que a anemia mais comum é a ferropriva, que na grande maioria das vezes está associada a problemas nutricionais e a baixa ingestão de ferro. Calcula-se que quase 2 bilhões de pessoas em todo o mundo sofrem com a anemia, sendo que 27% a 50% da população é afetada pela deficiência de ferro, no Brasil esta taxa varia muito de acordo com a região e população estudada.
Nas doenças relacionadas a medula óssea, podemos citar a síndrome mielodisplásica, como também a leucemia, que podem causar anemia, devido à interrupção na produção das células sanguíneas. Já nas doenças que causam anemia por outros mecanismos, têm-se as diversas doenças reumatológicas e infecciosas, a insuficiência renal crônica ou até mesmo as alterações de tireoide.
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima-se 10.810 novos casos para 2020, sendo aproximadamente 5.920 em homens e 4.890 em mulheres. Mas o que de fato é a Leucemia? Leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente, de origem desconhecida. Tem como principal característica o acúmulo de células doentes na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. A medula óssea é o local de produção das células sanguíneas e ocupa a cavidade dos ossos, sendo popularmente conhecida por tutano. Nela são encontradas as células que dão origem aos glóbulos brancos (leucócitos), aos glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e às plaquetas.
Na leucemia, uma célula sanguínea que ainda não atingiu a maturidade sofre uma mutação genética que a transforma em uma célula cancerígena. Essa célula anormal não funciona de forma adequada, multiplica-se mais rápido e morre menos do que as células normais. Dessa forma, as células sanguíneas saudáveis da medula óssea vão sendo substituídas por células anormais cancerosas. Existem mais de 12 tipos de leucemias, sendo as mais comuns:
Leucemia mieloide aguda (LMA): afeta as células mieloides e avança rapidamente. Ocorre tanto em adultos como em crianças, mas a incidência aumenta com o aumento da idade.
Leucemia mieloide crônica (LMC): afeta células mieloides e se desenvolve vagarosamente, a princípio. Acomete principalmente adultos.
Leucemia linfoide aguda (LLA): afeta células linfoides e agrava-se de maneira rápida. É o tipo mais comum em crianças e jovens (0-18 anos), mas também ocorre em adultos.
Leucemia linfoide crônica (LLC): afeta células linfoides e se desenvolve de forma lenta. A maioria das pessoas diagnosticadas com esse tipo da doença tem mais de 55 anos. Raramente afeta crianças.
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